Espaços adaptados: uma dica fundamental

A doença de Parkinson majoritariamente atinge as pessoas de maior idade, porém é crescente os casos de pessoas mais jovens. Por esse motivo as recomendações de adaptação dos espaços domésticos servem para todas as pessoas, embora um cuidado e atenção ainda maiores precisam ser tomados com as pessoas em idades avançadas, pois, segundo o Ministério da Saúde, com dados do Instituto de Traumatologia e Ortopedia, 40% dos idosos acima de 80 anos sofrem quedas todos os anos e no caso das pessoas com Parkinson este número é ainda maior, devido a fatores de desequilíbrio, dificuldade na marcha e tremores.

Neste sentido, todo cuidado é pouco e uma disposição adaptada dos móveis e objetos no espaço doméstico são cruciais para evitar acidentes que podem ser muito prejudiciais às pessoas com Parkinson. Por isso algumas ações podem ser tomadas no dia-a-dia para a sua proteção e para evitar acidentes.

Visando estimular a autonomia das pessoas se recomenda que estas adaptações sejam feitas com a orientação de um fisioterapeuta que pode indicar melhor como estimular exercícios e movimentos seguros dentro de casa.

Essas dicas reforçam a autonomia nas tarefas para que não haja, se possível, tanta dependência do cuidador ou da família. Ao ser degenerativa, a doença de Parkinson pode levar a uma situação de total dependência da família ou do cuidador.  Mas, adotando práticas de autogerenciamento e exercícios físicos adequados é possível retardar um pouco alguns dos sintomas. 

Segue algumas dicas que podem ser observadas:

Tapete

A presença de tapetes pode ser um dos principais maiores obstáculos para a pessoa com Parkinson. Em caso de que não possa ser retirado, é recomendado trocá-lo por tapetes antiderrapantes. Ainda assim, quando não é possível a substituição se recomenda aplicar fita de dupla face aderente na base do tapete para estar grudado no solo e não se deslocar e provocar um escorregão.

Banheiro adaptado

Para os casos em que a pessoa tenha dificuldade de equilíbrio, é recomendável que o banho seja tomado com a pessoa sentada. Para isso os objetos e acessórios de banho devem estar na altura adequada das mãos da pessoa para que ela possa pegá-los facilmente. Também se recomenda a implantação de barras laterais para apoio das mãos para o movimento de sentar e levantar-se dos vasos sanitários.

Armários

Recomenda-se também que os armários estejam na altura da pessoa com Parkinson, evitando que ela precise se “esticar” ou ficar na ponta dos pés para alcançar algum objeto. 

Iluminação e ambientação 

É muito importante, para oferecer mais segurança, que os espaços onde a pessoa com Parkinson transite na casa estejam bem iluminados. Sistemas de iluminação com sensores podem ser de grande ajuda para facilitar o acesso durante a noite para que a pessoa enxergar bem aonde estão os obstáculos. Evitar cabos, fios, brinquedos, mesas de centro, vasos e outros objetos espalhados pelo chão que podem causar tropeços, desequilíbrios ou quedas.

Escadas

Se houver escadas na residência é recomendável colocar corrimãos nos dois lados, para auxiliar na subida e descida da pessoa com Parkinson.

Cuidado Coletivo

Além das adaptações materiais é muito importante que a pessoa com Parkinson, cuidadores e familiares estejam adaptados de forma coletiva às consequências emocionais e psicológicas produzidas pela doença e que a tomada de consciência deste processo seja tratada com cuidado e serenidade. Evitar o isolamento e promover a socialização são fundamentais. Um ambiente alegre, com música, dança ou com exercícios orientados ajuda muito a retardar o avanço dos sintomas. Diálogos familiares são momentos importantes para romper ou minimizar processos depressivos e de autoisolamento. Encontros para diálogo, interação e troca de experiências com outras famílias e pessoas com Parkinson são fatores motivadores. 

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